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Aumento no consumo causa cortes de luz no RS e em mais 10 Estados

 

Cortes de energia elétrica orientados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) afetaram pelo menos 11 Estados, além do Distrito Federal, na tarde desta segunda-feira. No Rio Grande do Sul, CEEE, RGE e AES Sul confirmaram a redução no abastecimento.


O órgão explicou que o aumento da demanda, ocasionado pelo calor pelo país, obrigou-o a pedir que as concessionárias fizessem o corte de 5% da carga. A situação, segundo o ONS, já estaria normalizada no país.


A medida afetou o Rio Grande do Sul durante menos de uma hora. Conforme a CEEE, houve falta de luz das 15h15min às 15h58min. Esses cortes foram localizados e não geraram apagões, mas serviram para adequar a capacidade de abastecimento. A empresa não comentou os critérios do ONS para orientar os cortes de energia.


Já a AES Sul afirmou que, em sua região de abrangência, os cortes ocorreram das 15h às 15h40min. A RGE, que também confirmou a redução no abastecimento, não especificou o horário.


Em São Paulo, falta de energia fecharam estações do metrô


Em São Paulo, a situação provocou transtornos até no transporte coletivo. A distribuidora de energia elétrica AES Eletropaulo, concessionária que opera na Grande São Paulo, informou que teve de cortar 700 megawatts da energia distribuída na tarde desta segunda-feira. Isso afetou a operação do metrô. Duas estações da linha amarela foram fechadas, segundo o consórcio Via Quatro, que administra a linha. As estações Luz e República ficaram inoperantes. As outras cinco estações da linha (Paulista, Fradique Coutinho, Faria Lima, Pinheiros, e Butantan) operam normalmente.


A falta de energia, segundo a concessionária, ocorreu na região da Luz, no centro da capital paulista. Segundo a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), as demais linhas da cidade operaram normalmente. A linha amarela é a única concedida a iniciativa privada.


Além de Rio Grande do Sul e São Paulo, os cortes também atingiram Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás, Paraná. Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia. O Distrito Federal completa a lista de locais afetados. 


No final da tarde, o ONS deu explicações sobre a necessidade de cortes no abastecimento. Conforme o órgão, ligado ao governo federal, a causa da determinação do órgão para cortar carga, isto é, interromper o fornecimento de eletricidade, foi "restrições na transferência de energia das Regiões Norte e Nordeste para o Sudeste, aliadas à elevação da demanda no horário de pico". Ou seja, embora tenha afirmado, informalmente, que não houve razão "energética" para a suspensão do serviço – em bom português, desequilíbrio entre oferta e consumo de energia –, o próprio ONS atribui o episódio ao aumento da demanda.


Quando o sistema elétrico fica sobrecarregado, ocorrem desligamentos automáticos para proteger a rede de curtos circuitos. Prossegue a nota do ONS: "Na sequência, ocorreu a perda de unidades geradoras nas usinas Angra I, Volta Grande, Amador Aguiar II, Sá Carvalho, Guilman Amorim, Canoas II, Viana e Linhares (Sudeste); Cana Brava e São Salvador (Centro-Oeste); Governador Ney Braga (Sul); totalizando 2.200 MW."


Para devolver a normalidade ao sistema, o ONS pediu às empresas distribuidoras, responsáveis por levar a energia do sistema interligado até a casa dos consumidores, um corte de 5% da carga. Ainda conforme o órgão, a partir das 15h45min, a situação foi normalizada.


Nesta terça-feira, às 14h30min, na sede do ONS, localizada no Rio de Janeiro, o órgão vai se reunir com empresas de geração, transmissão e distribuição "para analisar a ocorrência".


 


*Fonte: Zero Hora, com agências